
O INEXVERSUS é o grande mistério de CANTOS CORRENTES, que os protonautas espectrais buscam desvendar.
A hipótese de maior consenso entre os Kyneaztas e Kryptykoz é de que se trata de uma realidade única, um único universo sem limites temporais e espaciais. Uma realidade à qual não se aplicam os conceitos de “todo” ou “nada”, nem de “início” ou “fim”.
O conceito fundamental é o de movimento e, consequentemente, de mudança. Movimento que se manifesta no sentido de e(x)mersão e de i(n)mersão. Movimentos para o INterior e para o EXterior.
Duas configurações se entrelaçam para gerar um modelo imagético do INEXVERSUS. Um modelo que permita operacionalizar a noção de um universo sem fronteiras, articulado entre as percepções de "intra" e de "extra", e desconsiderando conceitos como infinitude e eternidade. Esse modelo é a conjugação de uma estrutura anelar de dupla face (um anel de Moebius) com a estrutura de um labirinto. Estrutura que agrega a sensação de estar num lugar sem saída com a dubiedade de estar dentro e fora. Nem verso nem anverso, reverso ou transverso. Inexverso.
A grande e aparentemente intransponível dificuldade para a comprovação da hipótese do INEXVERSUS é a capacidade limitada de observação do universo. Logicamente intransponível, melhor dizendo. Porque se o INEXVERSUS não tem fronteiras, nem espaciais nem temporais, não há como apreendê-lo por inteiro. Restaria apenas uma realidade observável, não importa em que extensão seja possível observá-la.
A teoria que busca preencher esse vácuo trabalha com o conceito de realidades perceptuais. E que, em princípio, admite como decorrência a hipótese da pluralidade de universos. Não de distintos universos, ou mesmo de diferentes universos, no sentido de realidades variáveis, ou versões infinitamente derivadas umas das outras por mínimos elementos que sejam.
Realidades perceptuais são múltiplas configurações de um universo único, por tal razão denominado INEXVERSUS. As realidades perceptuais são tipos de sedes de configurações que condicionam determinados tipos de seres, cujas configurações permitem observar e interagir com as realidades perceptuais que os condicionam. Tais princípios encontram paralelos na teoria geral de sistemas, como representação da realidade.
Assim, uma realidade perceptual, cada realidade perceptual, depende da interação entre a configuração de observadores (seres) e da configuração dos entornos condicionadores (sedes) que são perceptíveis àqueles, que os afetam. E admite ainda que realidades perceptuais podem se tangenciar, ou mesmo entrecruzar parcialmente seus domínios, na medida em que seres podem ser capacitados a captar e estarem sujeitos a condicionamentos tópicos de duas ou mais realidades perceptuais.
Por outro lado, alguns tipos de seres podem ser habilitados a desenvolver meios de observação e de interação com realidades perceptuais fora de seu alcance, como instrumentos e equipamentos sensíveis à percepção de elementos que a sua configuração própria, ou inata, intrínseca, não consegue captar.
Essa teoria de SERES & SEDES, de apoio à hipótese do INEXVERSUS, trouxe uma consequência prática para as especulações de uma comunidade de pesquisadores. A combinação das configurações energéticas de seres com as configurações energéticas de sedes possíveis (potenciais realidades perceptuais) abrindo caminho para iniciativas de exploração das realidades perceptuais. Os pesquisadores (Kyneaztas e Kryptykoz) desenvolveram um experimento modelar (arquitextura) seguindo funções de um imaginário arquitexto, no que resultou uma obra d´obra. Uma obra desdobrada em processo ininterrupto, gerado por um vácuo. Uma energiaria táctil, desencadeada pelo vazio de uma engenharia têxtil, que produzem tecidos sensíveis a realidades perceptuais (sedes) fora do alcance natural dos seres submetidos a essa mudança de configuração.
コメント