Muito além do jardim especial das flores que não dão em qualquer jardim, subsiste o valor da flor em si. Por ser, simplesmente, flor.
Canção de um momento (1969) em que a bossa nova já não era um jardim plantado em quintal próximo. Mas cujo cultivo já vinha perdendo o cuidado do entorno.
Não a única canção. Uma apenas entre muitas com que percorri o fluir de irrigações sonoras, sentindo o sabor e refletindo sobre as conjunções de notas e palavras.
REVISTA PAUSA
UMA FLOR, QUALQUER JARDIM
Põe a tristeza de lado um segundo
Esquece a dor que é melhor esquecer
Vê a beleza que existe no mundo
É tão imensa e convida a viver
Vamos por aí
Você vai ver que pra sorrir
Basta um céu azul assim
Basta uma canção
Dizer que sim em vez de não
Uma flor, qualquer jardim
Solta os cabelos que o vento balança
Deixa que o sol te ofereça calor
Enfrenta a vida com nova esperança
Força maior só se encontra no amor
Vamos por aí
Você vai ver que pra sorrir
Basta um céu azul assim
Basta uma canção
Dizer que sim em vez de não
Uma flor, qualquer jardim
Olha
O mundo aí está
Olha
Que é mesmo pra se olhar
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