Incorporação poética e interferência musical de Gil Nuno Vaz à primeira peça da série Ogivas, de Erik Satie.
Como todas as demais composições da série, Ogivas I explora a reverberação sonora dos espaços arquitetônicos das grandes igrejas medievais, cujas coberturas em sua esguia e alta verticalidade eram sustentadas pelos arcos em ogivas.
Seguindo a intenção musical da peça, o texto reverbera algumas palavras de acordo com as nuanças melódicas do breve tema de Satie, cuja sequência é redesenhada para ecoar as pretendidas correspondências literárias. Na intenção poética do texto, a dinâmica da peça também é redesenhada.
QUE SEI EU?
Eu só sei
Que não sei
Eu só sei
Que sei...
Eu só sei
Que não sei
Eu só sei...
Que sei eu?
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