
Conjunto de composições que exploram possibilidades de aplicar ao discurso musical elementos que definem o fenômeno visual da paralaxe.
Uma explicação simples e direta sobre a paralaxe remete a um hábito muito comum entre as crianças: colocar o dedo em frente aos olhos e fechar alternadamente cada olho para observar como o dedo muda de posição em relação às coisas que ficam ao fundo do campo visual. Quanto mais perto do rosto, maior a diferença de posição. Quanto mais longe, menor. A paralaxe é o ângulo que as duas miradas formam com o objeto observado.
Extrapolando tal percepção para uma escala espacial, em que o dedo seria um corpo celeste observado a partir de dois pontos do planeta (os olhos), o conceito de paralaxe é aplicado para mensuração de distâncias entre o objeto e o local de onde é observado. Pela abertura do ângulo calcula-se a distância entre o objeto e os observadores.
A paralaxe compõe-se assim de três planos e de quatro elementos: dois observadores no primeiro plano, um objeto observado no segundo plano, e o fundo contra o qual o objeto é observado, no terceiro plano.
A proposta de Paralaxe, como composição musical, é trabalhar no universo sonoro algumas relações extraídas desse jogo visual.
PARALAXE
1 - Paralaxe Zero
2 - Paralaxe
3 - Paralaxe de Canções e de Gestos
4 - Recitativo e Ária em Paralaxe
5 - Paralaxe sobre a canção Soliloquy, de Charles Ives
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