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O Banjo do Guarda-Vilas


Para alguns, é uma espécie de menestrel que canta as inexcursões dos protonautas espectrais pelas diversas realidades perceptuais do universo.


Traduzindo, ele assimila os relatos dos percursos monitorados nas projeções/recepções das telas do cinema da praça.


Dizem outros que ele, em certa maneira, vivencia as experiências dos protonautas. E conta/canta a seu modo. É a explicação, plausível talvez, para o fato de que ele nunca frequentou o cinema da praça. Vive, dia e noite, embutido sob a ponte do canal 2 no cruzamento com a Rua Joaquim Távora. O mais longe dali que o viram foi entrando na padaria em frente, em busca da piedosa oferta de um café da manhã.


Há mais suposições, até que seria um plano B do Anjo do Guarda-Livros. B_Anjo. Banjo, no caso, é só para distrair, disfarçar. Ao que se sabe, ou que se ficou sabendo, ocasionalmente, é que ele tocava violão.


E a função de Guarda-Vilas também é considerada uma estratégia de divagação. Desde que se identificou a existência de outra figura semelhante, o Marmanjo do Guarda-Valas, estabeleceram a hipótese de um vínculo entre ambos. Se o segundo remetia ao goleiro, o primeiro provavelmente fazia referência aos campos de futebol. Vilas, estendendo-se a outras canchas a referência usual ao estádio local, o alçapão da Vila Belmiro.


Não vingou. Ganhou força o entendimento de que Vilas seriam as diferentes realidades perceptuais do universo. O que reforçava a hipótese do menestrel, cronista e crítico, das viagens sob monitoria.

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