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Mallory Cardoso


Vizinhos de um condomínio por mais de três décadas, dessa longa convivência bastam dois gestos de Mallory Cardoso para dizer, um de sua generosidade artística. e outro de sua solidariedade e amizade.


Deste último, a oferta de uma reconfortante refeição ao final do dia de maior pesar que alguém pode viver. Do primeiro, a dedicada e delicada atenção para levar a público a canção No Belo Erídano Azul, numa versão solo a cappella.


Não havendo registro da interpretação, fica para o autor - que não pode estar presente à apresentação - a recriação imaginária do momento, do diapasão inicial fornecido pelo pianista Antônio Eduardo à última nota. E, se valer como referência no distanciamento do tempo e do lugar, a interpretação de Mallory Cardoso, acompanhada por Antônio Eduardo, em Suspiro d´Alma, de Carlos Gomes sobre poema de Almeida Garrett.



Suspiro d´Alma (Carlos Gomes - Almeida Garrett), com a mezzo-soprano Mallory Cardoso e pianista Antônio Eduardo.


Suspiro que nasce d'alma,
Que à flor dos lábios morreu...
Coração que o não entende
Não no quero para meu.

Falou-te a voz da minha alma,
A tua não na entendeu:
Coração não tens no peito,
Ou é dif'rente do meu.

Queres que em língua da terra
Se digam coisas do céu?
Coração que tal deseja,
Não no quero para meu. 





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