![](https://static.wixstatic.com/media/469f5d_5d6ea57d76e24ecea0be5786a15174ee~mv2.jpg/v1/fill/w_130,h_173,al_c,q_80,usm_0.66_1.00_0.01,blur_2,enc_auto/469f5d_5d6ea57d76e24ecea0be5786a15174ee~mv2.jpg)
Vizinhos de um condomínio por mais de três décadas, dessa longa convivência bastam dois gestos de Mallory Cardoso para dizer, um de sua generosidade artística. e outro de sua solidariedade e amizade.
Deste último, a oferta de uma reconfortante refeição ao final do dia de maior pesar que alguém pode viver. Do primeiro, a dedicada e delicada atenção para levar a público a canção No Belo Erídano Azul, numa versão solo a cappella.
Não havendo registro da interpretação, fica para o autor - que não pode estar presente à apresentação - a recriação imaginária do momento, do diapasão inicial fornecido pelo pianista Antônio Eduardo à última nota. E, se valer como referência no distanciamento do tempo e do lugar, a interpretação de Mallory Cardoso, acompanhada por Antônio Eduardo, em Suspiro d´Alma, de Carlos Gomes sobre poema de Almeida Garrett.
Suspiro d´Alma (Carlos Gomes - Almeida Garrett), com a mezzo-soprano Mallory Cardoso e pianista Antônio Eduardo.
Suspiro que nasce d'alma,
Que à flor dos lábios morreu...
Coração que o não entende
Não no quero para meu.
Falou-te a voz da minha alma,
A tua não na entendeu:
Coração não tens no peito,
Ou é dif'rente do meu.
Queres que em língua da terra
Se digam coisas do céu?
Coração que tal deseja,
Não no quero para meu.