ONDAS DO MAR DE VAGAS
Ondas do mar de vagas
Se vistes por quais plagas
Se foi meu amigo oculto
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Mar que nas ondas vagas
Se o viste cedo o tragas
Se for meu amado o vulto
letra Gil Nuno Vaz
música Theo Cancello
(sobre concepção original de Gil Nuno Vaz)
Canto Denise Yamaoka (em breve) Flauta Daniel Cancello
Teclado eletrônico e produção musical Theo Cancello
CANTOS CORRENTES é uma trama ficcional em que protonautas espectrais navegam pelas desconhecidas ondas do mar de vagas sensoriais: as diferentes realidades perceptuais do universo. As rotas são traçadas e monitoradas por uma comunidade de confeccionistas arquitexturais, em antiga praça perto do porto de Santos, a partir de duas plataformas clandestinas de operação. Uma dissimulada em alfaiataria, outra em cinema.
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Dois auditores fiscais encontram, nos lançamentos contábeis da alfaiataria, indícios de estranhas transações, que suspeitam ter relação com o guarda-livros responsável pela escrituração, e com suas constantes idas ao cinema.
A investigação apura que o controle das transações é feito por um mapa criptografado, em apropriação imaginária do cenário urbano. Os canais da cidade, qual coordenadas da insólita cartografia, ocupam as nove casas do formato de ancestral passatempo: o tradicional jogo da velha.
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Nesse misterioso jogo, da velha Vila Belmiro ao porto ancorado em praça pública, os protonautas zarpam em busca de novas vilas, no universo das realidades perceptuais. E os auditores entram no jogo com o desafio de decifrar os códigos do Plano de Contas da alfaiataria e reconfigurar o livro de Contas Correntes em CANTOS CORRENTES.
Quasi una fantasia, uma sinfonia inacabável, inconcluível confecção à feição de uma ficção-científica autobiográfica.
Um novo jogo da velha relação entre arte e vida.