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Plínio Marcos


Esta imagem visual não está certamente entre as mais difundidas do dramaturgo, escritor e ator Plínio Marcos, que retratam invariavelmente um senhor de idade avançada, mas de expressão jovial, barbudo, aparentando certo desleixo, às vezes com um crucifixo à mão.


Esta imagem vincula-se especialmente aos anos do início de sua carreira artística, em Santos, entre fins da década de 1950 e os primeiros anos da década seguinte.


Tempos de seus primeiros textos, poesias, contos e peças teatrais. De sua aproximação a artistas e intelectuais em sua cidade natal, Santos, que engendraram um período de intensa agitação cultural, envolvendo o movimento estudantil, como o Centro de Estudantes de Santos, grêmios universitários, e instituições independentes como o Clube de Cinema de Santos, o Clube de Arte e vários outros.


A escolha dessa estampa nasce da intenção de estabelecer uma conexão especial, circunstanciada, de Plínio Marcos em relação aos clubes de cinema e arte há pouco referidos. Constitui o elo específico que o tornou um dos interlocutores, embora indireto, de Cantos Correntes, via depoimento que prestou à pesquisa acadêmica de Inês Cruz e que, resultaria, duas décadas depois, em projeto editorial sobre a efervescência cultural engendrada na cidade no pós-guerra, o livro QUADRO A QUADRO - Clubes de Cinema e Arte de Santos.




Depoimento de Plínio Marcos a Inês Cruz em 1996, gravado na Cinemateca de Santos, à Rua Paulo Gonçalves, 22 (bairro Vila Nova), durante visita a Maurice Legeard, coordenador da cinemateca.



Por essa mesma época, a interlocução se estende à criação musical, pela gestação de uma canção sobre um poema que Plínio escreveu na juventude, depois inserido na peça Jesus-Homem, conforme relatado em A MULHER DE PEDRA.
















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