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A escolástica letra de Rosa


Numa espécie de contra-ataque artístico, em resposta à incompreensão dos locais (afinal, santo de casa não faz milagre), ABZeh decidiu radicalizar o repertório. Tomou um desvio do lírico, às vezes épico, para o crítico, irônico e... pretensamente cômico, embora nem sempre efetivo.


Uma dessas investidas resultou algo no espírito de uma valsa do mestiço doido. Não no sentido de uma de uma letra non sense, como no samba emulado, o do criolo de Ponte Preta. Muito menos do non sense atribuído à letra da valsa emulada, de estilo barrococó que muitos entendiam refletir a incompetência literária do autor, considerado por alguns como improvável parceiro de Pixinguinha em Rosa, ex-Evocação.


ABZeh criou outra gênese e, em consequência, outra realidade artística para a valsa.


A história teria início em 1899, com a morte de um cidadão santista chamado José Octávio dos Santos.


Era filho bastardo de um dos integrantes de proeminente família da cidade, os Nébias, com uma escrava de nome Escolástica Rosa. O pai de Octávio viria a ser conhecido pela referência a um dos títulos que ostentou no Brasil imperial, com o qual virou nome de rua, após sua morte: o Conselheiro Nébias.























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